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2011
Os X-Wife intensificam a relação com a pista sem perder o músculo do rock. Um óptimo quarto disco em que João Vieira assume um papel à James Murphy.
Em matéria de revivalismo, a década de 90 começa a ser a matéria-prima mais usada, não apenas por uma questão cíclica mas também porque a anterior foi explorada até ao tutano. Um disco como «Infectious Affectional» desmente, contudo, o esgotamento de um filão com epicentro no pós-punk.
Sem perderem o músculo que os tornou mais coesos desde que passaram a contar com um baterista, os X-Wife assinam o seu disco mais dançável. Aquele em que a secção rítmica é tão importante quanto as guitarras. Em que o disco sound branco assume papel de relevo.
«Infectious Affectional» revela ainda um João Vieira contador de histórias e ainda que o exagero tolde a introdução à LCD Soundsystem de «I Live Abroad», esse papel assenta que nem uma luva em canções menos directas com estruturas que não evitam a fuga às convenções do rock.
Para todos os que têm no Record Store Day um segundo aniversário, este álbum é um mimo. Há múltiplas imagens que atravessam as canções sendo James Murphy uma espécie de Jesus e bandas como Suicide ou The Fall os seus acólitos. Tudo isto num universo de música carnal e potenciadora de pecado.
X-Wife
«Infectious Affectional»
Arthouse
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