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'REEDIÇÃO. Contos de Fados, dá título ao quarto álbum de Aldina Duarte. Feito de onze letras originais escritas a partir de obras literárias, portuguesas e estrangeiras, de diversos estilos, todas cantadas nas melodias do fado tradicional, Aldina Duarte faz-se acompanhar pelos músicos Carlos Manuel Proença, na viola, e José Manuel Neto, na Guitarra Portuguesa, Paulo Parreira com Rogério Ferreira e Miguel Ramos.
Livros vertidos para fados tradicionais. Assim se pode resumir “Contos de Fados". Tudo começou, precisamente, pelo título, segundo contou a fadista ao Ípsilon: “A partir desse nome lembrei-me de pedir a todas as pessoas que escreveram para o disco que o fizessem a partir de obras literárias à sua escolha”. E foi isto. Nem mais uma indicação nos recados entregues a Manuela de Freitas, José Mário Branco, Maria do Rosário Pedreira, José Luís Gordo e à própria Aldina. Literatura portuguesa ou estrangeira, de qualquer estilo, poemas, romances, novelas, crónicas, tudo valia como fonte de inspiração. Vai daí, Aldina escreveu a partir de “O Eterno Marido”, de Dostoiévski, José Mário Branco pegou na história de “A Bela Adormecida” e num conto de Hermann Hesse (letra e música, neste caso), Manuela de Freitas inspirou-se em três peças de teatro – entre as quais “Um Eléctrico Chamado Desejo”, de Tennessee Williams – e Maria do Rosário Pedreira escreveu a partir do mito de Orfeu e Eurídice, entre outros temas. Para Aldina, o resultado final acaba por aproximar “Contos de Fados” do “conceito de livro de bolso”, incluindo um prefácio, uma introdução e um poema de abertura de Pedro Mexia “que resume a história do disco”. Nas palavras da fadista, o álbum pode ser descrito como “uma espécie de luta entre o amor e o desamor”, começando “violentíssimo” mas terminando “de uma maneira bonita”.
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