'Juntam-se notas musicais e cria-se melodia... palavras, e temos poesia... adiciona-se o sentimento e eis que nasce o Fado!''

 

É assim que eu defino o meu sentir. Desde o Verão passado que iniciei uma viagem. Uma viagem atribulada, mas que finalmente floriu! Gravar um trabalho, que se sabe vir a ficar para a posterioridade, não é fácil! Os sentimentos são díspares e, por ser o primeiro, tudo é uma novidade! Desde a escolha do repertório, à nova roupagem que decidi dar a alguns temas mais conhecidos, tudo era uma problema para mim! Como me disseram eu seria a ''Baby Suicida do Fado''. Ainda assim, desde o início quis manter-me fiel a mim mesma e àquilo que acredito ser o meu caminho. É por isso, com todo o prazer que vos apresento o meu primeiro amor... 

 

Este primeiro álbum fala na primeira pessoa, ou não fosse eu, a autora de grande parte das letras que dão corpo aos Fados Tradicionais que foram rebuscados ao repertório popular e adaptados ao meu modo de cantar, sentir e viver o Fado.

 

Da guitarra portuguesa, ao cájon, ao tradicional acordeão e passando até mesmo por um inusitado piano, tudo se reuniu em simbiose, de forma a que eu pudesse conjurar o Amor, a Noite, Lisboa e Portugal, com mais emoção.

 

Os meios suplantaram os fins, não apenas pela musicalidade conseguida, mas, igualmente, por mérito de todos aqueles que o abraçaram e nele participaram.

Os Fados Tradicionais ficaram a cargo de Eurico Machado, Carlos Fonseca e Jorge Carreiro, sendo que para os temas originais foram convidados a participar os músicos Ricardo Parreira, Tiago Oliveira e Tó Almeida. Contam-se ainda as participações de Rui Reis, Carlos Lopes e Paulo Borges. A produção do álbum coube a Tó Almeida, Rui Fingers e Luciano Barros.