2022 marcou o 100º aniversário de Charles Mingus, cujo legado musical ainda está a ser descoberto. Após sua morte em 1979,

Mingus tornou-se reconhecido como um dos mais importantes compositores americanos do jazz, depois de Duke Ellington e Billy

Strayhorn.

Se as suas interpretações como baixista foram surpreendentes e inovadoras, como compositor, Mingus foi igualmente inventivo.

Ele olhou para frente e para trás - inspirando-se nos seus predecessores e introduziu novos conceitos de melodia, ritmo, harmonia

e forma como ferramentas a serem manejadas pelas gerações futuras. As suas composições agora são firmemente reconhecidas

no repertório básico do jazz, como evidenciado nesta impressionante edição que recolhe as últimas gravações de estúdio de

Mingus para a Atlantic Records.

Sob o nome The Charlie Mingus Jazz Workshop, Charles Mingus iniciou o seu primeiro contrato com a Atlantic Records em 1956

com “Pithecanthropus Erectus”, álbum essencial na sua discografia e que definiu a sua carreira. Embora o contrato não fosse

exclusivo, ele continuou a sua colaboração com a Atlantic com “The Clown” e “Tonight At Noon” antes de gravar para várias outras

editoras no período entre 1956 e 1961.

Em 1973 a Atlantic Records iniciou o seu segundo período de gravações com Mingus, que resultou em sete álbuns de estúdio. A

história de uma nova fase na música de Mingus – sua última fase – começa com as gravações incluídas nesta caixa