La Chanson Noire é um manifesto artístico de cariz primordialmente musical nascido em 2007 - tendo como principal objectivo a divulgação dos prazeres da decadência, a apologia da exuberância e da extravagância, a defesa da liberdade e da libertinagem.
Ao contrário do chamado movimento (neo)gótico particularmente divulgado a partir da década de 80, La Chanson Noire não é um projecto de cariz urbano-depressivo - é totalmente um projecto bucolico-depressivo; as suas raízes estão fincadas no folclore português, e adaptadas via cultura punk aos dias de hoje.
A cultura elitista deixou também a sua marca neste projecto, e La Chanson Noire divaga tanto no ultra-romantismo como no kitsch; tanto na ópera, como na adega; tanto na pop-art, como na feira de Coina. Quase dois mil anos de influência católica na terra de Viriato deixaram também a sua marca: ora por uma reverência quasi-naif ao imaginário romano, ora por uma oposição neo-satânica ao papismo repressor. Acima de tudo, La Chanson Noire é arte: No seu melhor e no seu pior.
Após o lançamento da k7 "Canções de Faca e Alguidar" em 2007, do Split-cd "Gay Music for Straight People" em 2008, e do vinil 7" em 2009, o ano de 2010 assiste finalmente ao lançamento de "Música para os Mortos", o álbum de estreia de La Chanson Noire: um disco irreverente e refrescante, que conta com a participação, entre outros, de músicos como Phil Mendrix (Ena pá 2000), Mário Santos (Fausto), The Beyonder (Namek) ou Aires Ferreira, estandarte maior da poesia decadentista ao norte de Portugal.